17/06/2008

London pela London Eye

15/06/2008

A garrafada

Essa história do consumo de bebida alcoólica estar proibido nos metrôs e ônibus de Londres me fez lembrar de um episódio “alcoólico” que vivenciei aqui.

Estávamos eu e meu primo retornando para casa depois de uma festa, dentro de um Night Bus, os ônibus que circulam na madrugada. Em um dos pontos, subiu uma galera “cozidíssima”, como diria meu pai – ou seja, bem bêbada.

Parênteses: em Londres, se usa um cartão magnético pré-pago para andar no transporte público. Mas nem todos mantêm o cartão em dia, muitos tentam passar com o cartão vencido. Foi o que aconteceu naquela madrugada.

A turma, de uns dez pelo menos, começou a entrar e a maquininha do cartão logo acusou: “pi-pi-pi”, que significa cartão sem dinheiro. Se fosse “pi”, seria cartão ok.

Na confusão de gente entrando, era uma pipizada só. O motorista, indignado, fechou a porta. Nisso ficaram três dentro e o resto fora. E o ônibus partiu.

Os três remanescentes discutiam furiosamente com o motorista. Na parada seguinte, as portas se abrem, um deles dá um soco na janela da cabine do motorista e os três saem.

Da rua, um que usava boné joga uma garrafa numa janela grande do ônibus, que se estilhaça em pedacinhos. Ainda bem que ninguém foi atingido pelos cacos de vidro. Eu estava a uns dois bancos de distância. O alarme disparou e o ônibus parou. O motorista saiu da cabine e fez o anúncio: “Desçam e peguem o próximo”.

Foi o jeito. Um frio danado e uma espera gigante pelo próximo ônibus. Para piorar, os dez baderneiros voltaram para mesma parada em que eu estava e pegaram o mesmo ônibus. Afinal, todos iam para a mesma direção. Mas daí, tirando as conversas xaropes de bêbados, a viagem foi tranqüila.

Digo, tranqüilo eu não estava né. Fiquei imaginando aquela garrafa voando na minha cabeça, caso eu estivesse alguns bancos à frente. É... não foi café.

14/06/2008

Fui parar no meio do mundo



13/06/2008

Eu sempre quis ser um escafandrista!

Já pensou em largar tudo e virar oleiro? Ou então investir na carreira de escafandrista... E se nada der certo, é hora de se tornar um cervejeiro!

Esses três exemplos são profissões de verdade, coisa que só descobri depois que tomei conhecimento da lista de profissões maluca que a Polícia Federal criou para o formulário on-line de pedidos de passaporte.

Oleiro é quem trabalha com cerâmica, mais propriamente na fabricação da louça de barro. Escafandrista é o mergulhador que usa o escafandro para mergulhar (ah, agora tá explicado... brincadeira. Escafandro é aquele tubão de ar que os mergulhadores profissionais usam nas costas). E cervejeiro pode ser aquele que vende ou fabrica cerveja, ou então o encarregado do processo de fabricação e criação das combinações de ingredientes da cerveja, este mais conhecido como mestre-cervejeiro.

Falando em cerveja, quem parece ter bebido demais foi o criador da tal lista de profissões da Polícia Federal. Olha o que eu achei por lá:

- Guilhotinado
- Capitalista
- Jubilado
- Limpador de pára-brisa
- Presidente da República (um tanto restritivo, não?)
- Vulcanizado

Aproveita e vai você mesmo conferir . Clique aqui e vai no campo onde diz "Profissões".

10/06/2008

A festança no metrô de Londres





(que falta fez um microfone...)



31/05/2008

Tem gente demais nesse mundo

Quando eu estava escrevendo esse post, existiam no mundo 6.754.567.861 pessoas, de acordo com a organização Optimum Population Trust. A projeção deles é que em 2050 a população mundial seja de 9,2 bilhões.

Segundo a organização, a Terra não consegue mais suportar o seu número de habitantes. Já existe um excesso de 1,2 bilhão de pessoas, e se o aumento continuar na atual velocidade virão tempos de fome e guerras.

Hum, que terrível, que será que posso fazer quanto a isso?
De momento, vou preparar um sanduíche e um leite com nescau.

Se você quiser conferir o número de pessoas no mundo neste exato momento, clique aqui.

Lei Seca no transporte londrino

A partir deste domingo, será proibido tomar bebida alcoólica em qualquer transporte público de Londres. A justificativa da prefeitura daqui é que isso vai ajudar a diminuir episódios de desordem e vai tornar as jornadas dos passageiros mais prazerosa.

Muita gente não gostou nada da idéia e como protesto vão fazer uma... festa, regada com muita bebida, claro. E o lugar? Ora, o metrô de Londres. A festa já começou e vai durar este sábado todo, o último dia antes da proibição.

Os “protestantes” combinaram de ficar em uma linha de metrô circular, do centro de Londres, que não tem ponto final, fica sempre rodando.

A imprensa daqui esta toda atenta, e guardas extras já estão apostos no metrô. E eu, daqui a pouco, vou sair de casa e ir lá conferir a situação.

22/05/2008

Cinco histéricas brasileiras desembarcam em Londres


O Grupo XIX de Teatro, de São Paulo, apresenta em Londres o espetáculo "Hysteria", que conta a história de cinco mulheres do século 19 que vivem trancadas em manicômios. As apresentações serão de 4 a 14 de junho, no St Bartholomew's Hospital. Detalhe: todas as falas serão em inglês.

Atrizes paulistas viverão personagens britânicas, inspiradas na história de mulheres cariocas, em uma peça que não tem sonoplastia, iluminação e nem mesmo um palco tradicional.

Parece o bastante para enlouquecer o próprio grupo, mas foi em sã consciência que a trupe paulista Grupo XIX de Teatro encarou o desafio de vir para Inglaterra trazer o espetáculo "Hysteria". A peça, em 7 anos, já foi apresentada mais de 400 vezes no Brasil, em Portugal, em Cabo Verde e na França.

O enredo é uma costura de histórias reais de mulheres internadas em hospícios do Rio de Janeiro durante o século 19.
- As mulheres da nossa peça existiram, a gente se baseou nas fichas médicas. Para as apresentações aqui na Inglaterra vamos fazer um jogo, como se as personagens fossem uma turma de pacientes inglesas que estivesse chegando ao Brasil - conta o diretor Luís Fernando Marques.

O grupo vem à convite do Barbican Centre, mas como a apresentação da peça precisa ser num espaço histórico, longe dos palcos, o local escolhido foi o Great Hall do St Bartholomew's Hospital. Durante a apresentação, a platéia masculina assiste de longe e as mulheres ficam no centro da cena, entre as atrizes, e são convidadas a interagir.

- Tem gente que tem medo de participar, mas em 7 anos nunca tivemos uma reação negativa. O próprio silêncio é uma resposta. Tem pessoas que quando vêem a peça se sentem ainda presas ao século 19. A gente põe o shortinho, mas os valores seguem lá do saião - conta Luís.

Como um dos pontos-chave do espetáculo é a interatividade com o público, o grupo decidiu fazer todos os diálogos em inglês. As atrizes ganharam uma bolsa do British Council e estão estudando a língua inglesa no Brasil. Ajuda bem-vinda para não amarelar em cena por aqui.

Programe-se

O que: espetáculo "Hysteria", do Grupo XIX de Teatro (SP)
Quando: de 4 a 14 de junho (não haverá apresentação no domingo, dia 8, e na quarta-feira, dia 11)
Horário: 7:45h
Onde: Great Hall do St Bartholomew's Hospital (West Smithfield, London, EC1A 7BE)
Metrô: Barbican
Ingresso: £12
Informações: 0845 120 7550 ou http://www.barbican.org.uk/

17/05/2008

16/05/2008

15/05/2008

O passaporte higiênico

Li no jornal britânico thelondonpaper uma notinha sobre desculpas esfarrapadíssimas que imigrantes que perderam seus passaportes contaram para o pessoal da Imigração. Um contou que caiu de um precipício e sobreviveu, mas o passaporte não. E teve uma moça que disse ter passado por uma emergência e precisou usar o documento para ir ao banheiro! Haja criatividade.

06/05/2008

A múmia de jornal

05/05/2008

Ensaboados no Walkabout

Quem leu o post A festa dos perdidos sabe que toda quinta tem uma festa aqui em Londres, Lost In London, no bar Walkabout da Shaftesbury Avenue. Fizemos dois vídeos na inauguração da festa, que teve até chuva de espuma de sabão (da qual eu disparei, claro). Por favor, abstraiam a total falta de iluminação, hehe.

04/05/2008

Borboleta: o inseto que venceu na vida

A borboleta é um inseto que se deu bem, pelo menos no quesito aparência. Ela é o destaque da família, nem parece ser prima da barata, da mosca, do percevejo e outros seres nojentos.

O colorido bichinho é o tema da exposição “Amazing Butterflies”, que está no National History Museum até o dia 17 de agosto.

A exibição traz borboletas tropicais vindas da América Central, América do Sul, Sudeste Asiático, Oceania e outras regiões. Todas elas estão vivendo em uma grande estufa que imita o clima tropical, no jardim do National History Museum. É lá que o publico se encontra com as borboletas, voando, vivinhas da silva.

A estética da exibição é voltada ao publico infantil. Antes da exposição, é preciso passar por um labirinto com brincadeiras e jogos para a garotada.

Depois que entram na estufa, os pequenos não estão nem ai para os avisos “Não tente pegar a borboleta”. Os dedos pequenos e gordinhos se oferecem com insistência como repouso às borboletas. Quando alguma aceita o convite ou pousa voluntariamente, mal se houve a respiração da criança. O corpo fica imóvel, contando os segundos de intimidade com o bichinho.

As proezas dos filhos são assistidas pelos pais, que parecem chamar bem menos a atenção das borboletas, seja por falta de empatia, seja por que a maioria dos pais viram cabides, carregando os casacos e blusões dos filhos acalorados por causa do clima da estufa.

Aos entusiasmados em visitar a exposição, três dicas. Não menospreze o labirinto infantil, um adulto pode facilmente se perder (digo por experiência própria). Segunda dica: para aumentar as chances das borboletas pousarem em você, vá com uma roupa bem colorida. E a ultima dica: não coloque por baixo do seu blusão, jaqueta ou moleton aquela camiseta velha e rasgada. Por causa do calor, é provável que seja esse o modelito que você vai estar vestindo durante sua visita.

Para visitar o site da exposição, clique aqui.

03/05/2008

O último retrato

Depois de muito discutir, pensar, repensar, queimar os neurônios, decidimos qual vai ser o título da capa da edição de maio da Revista Brasil.net: "O último retrato".

O prazo estava em cima, porque semana que vem a revista começa a circular. Definir a concepção da capa - que vai ter a foto acima - não foi fácil, porque o tema é a morte. E nunca é fácil falar de morte.


Acho que foi por isso que demorou tanto pra se definir como ficaria a capa. A reportagem é sobre uma exposição que está acontecendo aqui em Londres de um fotógrafo que fez retratos de doentes terminais pouco antes deles morrerem e depois da morte (exemplo abaixo). As fotos são acompanhadas de depoimentos das pessoas. Bem chocante.







A morte é, sem dúvida um tabu, pelo menos pra sociedade ocidental. Tanto que ficamos matutando como abordar o tema sem reforçar esse tabu, mas também sem deixar tudo leve demais, porque não é.


Estampar na capa uma das fotos, apesar de parecer ser a solução mais coerente, não foi a nossa decisão. Ficaria muito forte a imagem gigante de alguém morrendo ou já morto na capa de uma revista que vai ficar circulando por 30 dias na casa das pessoas.


Pensamos em fazer recortes de partes dos rostos, mas seria pior ainda. Pensamos em fazer um fundo todo preto sem imagem, mas desistimos.

Foi aí que, hoje, tivemos um insight. O fotógrafo fez retratos da morte, então vamos colocar um retrato da morte em si - que seria a imagem icônica dela. Aquele ser de capuz preto.

Daí para a Morte do filme "O Sétimo Selo" de Ingman Bergamn foi um pulo. Então o título passou a ser o problema. Já bastava a foto com clima sombrio, então era melhor evitar a palavra morte ou expressões relacionadas. Imagina uma capa escura, com a imagem da morte e um título tipo "A caminho do fim" ou "À beira da morte". Definitivamente não dá, ninguém pegaria a revista pra ler. Foi então que veio a idéia do "O último retrato". Passa exatamente o que o fotógrafo fez, de uma forma simples, sincera e sem reforçar a idéia de morte. A exposição nada mais é que o retrato da última fase da vida dessas pessoas.


Bem, agora é arregaçar as mangas para finalizar a revista, porque a gráfica está à espera, e os leitores também.

01/05/2008

Vídeos Capizares: 1000 exibições no You Tube

Gostaria de registrar que o Blog Capizares atingiu mais uma importante marca. Os vídeos do nosso blog foram vistos mais de 1000 vezes no You Tube. E o mais interessante: por pessoas de 28 países.
Não perguntem se todos os espectadores entendem português, mas pelo menos viram o vídeo, hehe.
Mais uma vez: obrigado!
Para visitar a minha página no You Tube, clique aqui.

O vídeo mais assistido, não sei por que cargas d’água, é da St Paul’s Cathedral. Quem diria...

25/04/2008

Quer terminar um relacionamento? Vai pra Paris

O casal que viajar a Paris em busca de momentos românticos a dois tem boa chance de terminar a viagem cada um por si. A capital francesa foi eleita a cidade campeã de brigas entre casais turistas, em uma pesquisa feita pela agência de viagens Teletex Holidays com 2.000 britânicos.

Paris ficou em primeiro lugar: 34% dos entrevistados disseram que brigaram com o parceiro quando foram à Paris.

Em segundo, Marrakesh (segunda maior cidade do Marrocos): 30% admitiram que brigaram por lá.

Amsterdã em terceiro: 28% dos casais que escolheram esse destino não voltaram bem.

O diretor da agência de viagens, Matt Cheevers, deu uma dica pra evitar os conflitos:
- A chave para uma viagem romântica bem-sucedida é a preparação. É preciso dedicar um bom tempo na internet preparando a viagem – diz ele.

Já eu diria que, por via das dúvidas, evite Paris e Amsterdã – porque Marrakesh, ninguém merece, quem decidir ir pra lá tá afim de terminar mesmo.

24/04/2008

Aniversário do blog: 2 meses!

Pessoal, este post é para parabenizar o Blog Capizares, que hoje completa dois meses de idade. Agradeço muito a todos os leitores. Mesmo jovem, o Blog Capizares já recebeu mais de 500 visitas.

Obrigado!

23/04/2008

Pelé, poesia e as mil câmeras

por Lélis Espartel

(O texto abaixo foi escrito por Lélis Espartel, meu irmão, e será publicado
na edição de maio da Revista Brasil.net, que circula em Londres.
Mas o Blog Capizares publica antes, em primeira mão. Boa leitura!)

"Pode nascer um novo Zico, um novo Sócrates, um novo Kaká ou um novo Robinho, mas não um novo Pelé. A Dona Celeste e o Dondinho já fecharam a fábrica".

Essas são palavras de Edson Arantes do Nascimento, Pelé, que costuma falar de si mesmo na terceira pessoa. Edson nunca foi conhecido por ser hábil com as palavras, inclusive Romário já dizia: "O Pelé calado é um poeta". Mas nessa questão eu concordo plenamente com o melhor jogador de todos os tempos. Nunca mais surgirá um novo Pelé.

Os motivos são relativamente simples. Todo bom jogador, depois de tomado pela mística do tempo, fica muito melhor. As pessoas costumam esquecer as más atuações e lembrar apenas das proezas. Daqui a 20 anos, ninguém vai lembrar da péssima passagem do Rivaldo pelo Milan, dos longos dias que Ronaldo passou sem marcar gols no Real Madrid ou da má fase que ronda o Ronaldinho Gaúcho no Barcelona.

Então você junta que o Pelé não era bom, era ótimo, mais a passagem do tempo que melhora tudo e, "voalá", temos o melhor de todos os tempos. Além disso, nenhum jogador hoje é bom o bastante para ser melhor que as mil câmeras que registram tudo o que acontece nos jogos. Elas sempre pegam o erro, a deslealdade ou até mesmo a sorte que antigamente não pegavam.

Se Pelé jogasse hoje em dia e cuspisse na cara dos zagueiros, como ele costumava fazer quando aplicava seus dribles, pegaria no mínimo 360 dias de suspensão. Vale lembrar que ele também quebrou a perna do jogador Kiesman, da antiga Alemanha Ocidental, e do zagueiro Procópio, do Cruzeiro. Agora imaginem isso nos dias de hoje.

Pelé é mais que um jogador de futebol, ele é uma lenda. Quando todos estivermos velhos e nossos netos vierem nos mostrar o novo centroavante da seleção brasileira, iremos dizer: "Esse não joga nada, bom mesmo era o Pelé".

Escrito por Lélis Espartel

22/04/2008

A festa dos perdidos

Nesta quinta-feira será lançada aqui em Londres a festa Lost in London (Perdido em Londres), no bar Walkabout da Shaftesbury Avenue.
E o mister aqui foi hoje à noite lá neste bar divulgar a festa, que estou ajudando a promover.

Nas segundas, os brasileiros tomam conta de alguns pontos de Londres, como o bar Walkabout e a boate Heaven. Hoje, fui no bar para incentivar os brasileiros a experimentarem as quintas também.

O detalhe é que não faço muita idéia de quantos brasileiros abordei na comprida fila de entrada pro bar. A fila – cosmopolita como Londres – não me permitia chegar falando português. Tive que ir mesmo no inglês “véio” (expressão gaúcha que... puxa, não sei explicar em poucas palavras! Aguardo sugestões nos comentários do post).

- Hello, excuse-me, I’d like to invite you to come back on Thursday, when...
E assim foi indo. O detalhe é que o que menos tinha naquela fila era inglês.
Não demorou muito pra eu ser interrompido:
- Oh, no hablo ingles, no entiendo nada... – disse uma menina.

- Não sea por esto. Hola, me gustaría invitarte... – e lá fui eu com meu portunhol véio.
Quando percebia que um grupo falava em português, já chegava:
- Oi pessoal, deixa eu convidar vocês pra uma festa na quinta...
Mas o maior o desafio foi quando falei todo meu discurso festivo em inglês pra uma turma, e daí veio a bomba:

- Je ne compri pas...

Daí, me apertou. O máximo que consegui dizer em francês foi “Je ne parle pas français” e “Je m’appelle Filipe” (hahaha – só faltava eu sair falando aquelas outras frases “superúteis”, as primeiras a serem ensinadas nos cursinhos, estilo: “Quantos irmãos você tem?”, “Eu gostaria de um sorvete de morango”, “Quanto custa aquela calça azul?” etc.)

Foi uma experiência internacional. Não precisei (tentar) falar italiano, mas encontrei uns quantos italianos. Inclusive teve gente que me perguntou se eu não era da Itália, coisa que ocorre com freqüência por aqui comigo. Como diria um jargão teatral das bandas de Dom Pedrito: “Nunca pensei...!”

Bueno, encerro dizendo que espero todos no Walkabout, na quinta à noite.
Lição do dia: voltar a estudar meu livrinho de francês.

16/04/2008

Eu digo que esse metrô rende...

Estava eu, “bem belo” (expressão gaúcha: bem tranqüilo, descontraído) chegando na estação do metrô no sábado à noite, quando avistei uma turma que, por instantes, me fez pensar que o meu nome era Alice e eu estava no País das Maravilhas.

Olha o figurino das criaturas na foto. Entrei no mesmo vagão que eles. Eram uns sete pelo menos. Ao longo da viagem, fui reunindo coragem pra pedir pra tirar uma foto. Faltando uma estação:

- Excuse me, can I take a picture?

A turma toda começou a rir e se ajeitar pra fazer pose. Na breve conversa que tive com eles entre a foto e a minha estação, eles me contaram que estavam indo para uma festa à fantasia (“Sério? Não me diga!”, pensei). Hehe, foi divertido.

13/04/2008

Ooooooooola!!!

Eu tive a oportunidade de participar de muitas “olas” durante o jogo da seleção brasileira contra a Suécia aqui em Londres, no Emirates Stadium, o estádio do Arsenal.

Pra quem não sabe exatamente o que é “ola”, clica no vídeo abaixo, gravado pelo Blog Capizares durante o jogo do Brasil.

A expressão “ola” significa “onda” em espanhol, e ficou famosa na Copa do Mundo de 1986, na Cidade do México.

Com mais de 20 anos de história nos estádios, até a ciência se interessou pelas olas. Dois cientistas húngaros, Illés Farkas e Tamas Vicsek, e um alemão, Dirk Helbing, realizaram um estudo sobre “olas”, publicado na revista britânica Nature, em 2002.

Os pesquisadores filmaram 14 “olas” em estádios com um público de pelo menos 50 mil pessoas. Veja algumas conclusões do estudo:

- Na maioria das vezes, uma “ola” se move em sentido horário e atinge uma velocidade de 20 assentos por segundo, o equivalente a 40km/h.

- Uma única "onda humana" possui em média de 6 a 12 metros de largura e envolve 15 assentos.

- Quanto maior o número de participantes, maior a probabilidade da “ola” dar certo.

- A “ola” geralmente é desencadeada e funciona melhor quando a platéia está entediada.

Hum, a última conclusão explica porque a torcida fez tantas “olas” no jogo do Brasil, especialmente antes do Pato entrar em campo.

Abaixo, você pode conferir o apito inicial da partida.
Os vídeos deste post foram feitos pelo meu primo Guilherme.

09/04/2008

Londres branca de neve

Imaginem eu, correndo nas ruas de Londres, fugindo da neve. Isso foi depois de eu contemplar, me maravilhar, me emocionar vendo os carros branquinhos e tudo o mais na vista branco também.

Era 7h da manhã de domingo quando terminei um serão na revista onde trabalho e estava me preparando para voltar pra casa. Antes de abrir a porta, não tinha nem idéia de que estaria nevando. Estava estranhando meu encarangamento (expressao gaucha: frio terrível), mas pensei: "Londres, né, sempre frio..."

Vesti meu casaco, coloquei minha manta, abri a porta e... fiquei pateta. Pateta olhando praquele monte de neve na minha frente. Que cena!

Depois de rir sozinho, sair andando dando pulinhos de alegria, a neve começou a apertar. Aqueles flocos viam direto na cara. Eu já tava engolindo neve.

A estação do metro estava a pelo menos uns 600 metros de distância. Na metade do caminho, eu já estava disparando da tal neve. Antes de chegar à estação, decidi tomar um chocolate quente num McDonalds. Pela primeira vez, eu batia queijo pra valer. E, claro, não podia faltar a Lei de Murphy: neste dia estava usando um casaco bem fininho.

Mas a beleza compensou. A viagem de metrô nunca foi tão bonita. Cheguei em casa e acordei meu primo pra tirar fotos na neve. Fomos ate um parque, o Gladstone Park.

Não sei porque cargas d’agua não deu pra postar o vídeo que fiz nesse parque direto aqui no blog. Mas não seja por isso: assista no You Tube, é so clicar aqui. O link está no inicio do post tambem.

Ainda bem que nevou forte. Não ia gostar de voltar pro Brasil sem poder contar que tinha conhecido neve de verdade.


31/03/2008

Tsc, tsc... que Rainha relaxada

Um flagrante sujo em frente ao Palácio de Buckingham, residência oficial da Rainha da Inglaterra em Londres.

28/03/2008

Um garoto bonito com um sorriso bonito

O criador do personagem Peter Pan, o escritor escocês J. M. Barrie, nunca descreveu a aparência do menino que não queria crescer. O máximo de pista que ele deu foi: “a beautiful boy with a beautiful smile”, traduzida no titulo dessa postagem.

Peter Pan, quando foi concebido, era apenas alguns capítulos de um livro de estórias, “O passarinho branco”, publicado há 106 anos. Depois veio um livro só sobre ele, peças de teatro e filmes.

Existem sete estátuas do Peter Pan espalhadas pelo mundo. A mais importante fica em Londres, nos Jardins de Kensington, que ficam dentro do Hyde Park. Eu fui lá visitar e, claro, fiz um vídeo que está logo abaixo.

Tem outra estatua aqui na Inglaterra, em Liverpool, mais duas no Canadá e outras três na Bélgica, nos Estados Unidos e na Austrália.

"Bush is a terrorist"

Este foi um dos brados de um protesto que aconteceu aqui em Londres. Este vídeo era para estar em uma postagem anterior, que deve estar a uns sete palmos abaixo desta. Mas a maquininha de passar vídeos da câmera para o computador resolveu encrencar com essas imagens, e só agora eu consegui fazer a transferência.

O protesto marcou os 5 anos do início da guerra no Iraque, e pediu a retirada das tropas britânicas do país do Oriente Médio. A organização do evento disse que 60 mil pessoas participaram. A policia contou 10 mil.

Aliás, parênteses para falar sobre esses dados divergentes. A gente que trabalha na imprensa sempre se depara com isso. Quando tem uma passeata ou um protesto, é sempre uma dor de cabeça. O número de participantes que a organização do evento é absurdamente maior que o número da policia. A saída é divulgar os dois, cada qual com sua fonte.

Mas eu me pergunto: como que essa gente conta as pessoas? Haja método, atenção e paciência. Eu duvido que um policial fique lá contando o pessoal. Duvido. Eles devem olhar por alto e arriscar um palpite.

Já a organização do evento deve lançar uns dez contadores. No final, junta os números de todos, soma e se deixar acrescenta uns 30% de “estimativa de publico não visto pelos contadores”.

Uma vez um colega sugeriu: “ue, basta fazer a media aritmética”. Se a organização diz 60 mil e a policia 10 mil, publica a media: 35 mil. Como diria o Ancelmo Gois: É. Pode ser.

24/03/2008

Pegamos o rato no flagra!

Os ratos dos metrôs de Londres já ficaram famosos aqui no blog Capizares por causa do post Salvei a vida de um britânico hoje.

Quando publiquei esse post, o meu mano Lélis comentou que, depois de toda a historia, ficaram faltando imagens dos ratos. Desde então, sempre que estou no metrô, fico eu em busca dos ratinhos. Mas é lei de Murphy: quando estou com a câmera, nenhum aparece; se estou sem ela, eles vêm aos montes.

Porém, mais sortudo do que eu, é meu primo Guilherme, que mora aqui comigo em Londres. Ele conseguiu flagrar os ratinhos em ação.

Voz e vídeo de Guilherme Alves.

Quem é esse tal de Chaves?

(Se você quer ver o Silvio Santos caindo na água, então clique no último link dessa postagem)

A infância de gerações e gerações de latino-americanos ficou marcada pelo Chaves e pelo Chapolin. Eu não sou exceção. Dia desses, estava conversando sobre isso com uma colega de inglês que é colombiana. Chaves é senso comum na América Latina, quase todo mundo adora (uma vez, eu conheci alguém que disse que não gostava, mas não lembro quem foi – e só podia estar mentindo, hehe).

Mas aqui em Londres, Chaves não é ninguém. Minha professora de inglês hiperbritânica, Sarah, nunca tinha ouvido falar no Chaves. Como pode?

Enfim... Chaves, mesmo visto pela centésima vez, sempre me faz rir muito! Quando estou assistindo com alguém da minha família então, é gargalhada em dobro.

Mas, de propósito, separei trechos de dois episódios do Chaves/Chapolin que eu, quando era pequeno, normalmente não ria.

O Abominável Homem das Neves me dava medo (pra assistir, clique aqui)

E o final do episódio das Férias em Acapulco já me fez escorrer uma lagrimazinha (pra assistir, clique aqui)

Vai entender, é a cabeça da gente quando criança. Ah, é tão especial relembrar tudo isso.

Aproveito pra mostrar aqui um dos meus episódios prediletos do Chaves, A Casa da Bruxa: clique aqui. Claro que, quanto mais relembro dos episódios, mais se agiganta a lista de prediletos.

Este outro episodio (clique aqui) rendeu uma das palavras mais famosas e complicadas de se dizer. Parangari... Você sabe completar?

Pra encerrar a sessão de vídeos-memória, dois que marcaram as minhas noites de domingo.

Os erros de gravação do Sai de Baixo. Ai vai um exemplo: clique aqui.

E – imperdível – o Silvio Santos caindo na água em uma daquelas provas do palco: clique aqui. O mais sensacional foi perceber que ele caiu sem querer mesmo, porque eu tinha na minha memória que tinha sido de propósito. O Silvio é demais.

19/03/2008

O pocotó real... e o Amigo dos Cavalos

Durante um dos meus passeios dominicais, fui conhecer os famosos guardas da rainha. Fiz um vídeo com os “horse guards”, o guardas cavaleiros digamos.

Cavalos em geral sempre me interessaram. Quando guri, adorava “camperear” (andar a cavalo pelo campo) com meu pai, manos e primos na estância do meu avô Antônio.

Quando criança a gente normalmente tem um amigo imaginário, ne? Pois eu tinha um cavalo imaginário. Branco, que todo o dia cedo me acompanhava de casa até a minha escola. Loucura, não? Confesso que ele parecia ser bem real na época.

Talvez coincidência, talvez inconsciência, mas inclusive a capa aqui do blog Capizares tem um cavalinho. Foi uma foto tirada no bairro londrino de Camden Town, no dia depois do incêndio de fevereiro.

E a afinidade com os eqüinos deu um salto quando descobri o significado do meu nome, há pelo menos uns 5 anos.

Definição do Google:

Filipe é um nome de origem grega, cujo significado é "amigo dos cavalos". Vem da aglutinação dos radicais gregos "filos" - que significa amigo ou amante - e "hypos" - que significa cavalo. No Brasil é mais comum a forma Felipe, ainda que não corresponda nem à tradição da língua nem à etimologia do nome.

Gostei do detalhe: Filipe, com I. O original, hehe.

17/03/2008

No meio do protesto

Registrei algumas imagens do protesto que aconteceu no ultimo sabado aqui em Londres.

Diversos grupos organizados e populares se reuniram com faixas, placas, apitos e bandeiras para pedir a retirada das tropas inglesas do Iraque.

Claro que, de quebra, o pessoal aproveita pra defender outras causas, retirada das tropas do Afeganistao, paz na entre palestinos e israelenses, fora Bush e Gordon Brown, etc.

14/03/2008

Harry Potter: 7 livros, 8 filmes!

O filme do livro "Harry Potter e as Relíquias da Morte", o ultimo da serie, vai ser dividido em duas partes. O primeiro filme vai ser lançado em novembro de 2010, e o segundo, em maio de 2011.

A Warnes Bros e a autora J. K. Rowling disseram que o ultimo livro
é muito rico e denso, e muitas coisas são resolvidas, por isso seria justo com o livro e com os fãs dividir a história em duas partes.

Eu,
fã assumido dos livros do Potter, gostei da noticia.

Mantendo o perfil multimidia do blog
Capizares, separei alguns videos sobre o bruxo.

A autora J.K. Rowling lendo o ultimo livro
para fãs aqui em Londres, em julho do ano passado. Clique aqui.

Um video sátira dos filmes do Harry Potter. Ate que dá pra rir bastante. Clique aqui.

E tenho aqui dois videos editados por fãs, que juntos já foram assistidos mais de meio milhão de vezes no You Tube. Os videos se autointitulam um trailer do ultimo filme.

Video de 2 minutos
Video de 4 minutos

12/03/2008

A Rainha Vitória e os “quase-reis” antes dela


Os íntimos chamavam a Rainha Vitória de “Drina”, que vem de Alexandrina, o primeiro nome da rainha que governou o Reino Unido entre 1837 e 1901, o maior período que um monarca britânico permaneceu no poder. (Se a atual Rainha Elizabeth II continuar ate 2015, ela bate o recorde)

O período que antecedeu a Era Vitoriana foi de disputas pelo trono britanico. Antes de Vitória se tornar rainha, muita gente saiu casando e tendo filhos “a lo loco” pra tentar se tornar rei.

Acontece que em 1817, o futuro herdeiro da coroa nasceu morto, e a mãe, a Princesa Carlota Augusta de Gales, morreu no parto. Carlota era a única filha do herdeiro do trono, o filho mais velho do Rei George III, o rei da epoca.

Pra piorar, o tal filho mais velho era casado com uma esposa muito rebelde, Carolina de Brunswick. Os dois tinham uma relacao fria, pra nao dizer congelante. Conta-se que durante todo o casamento eles so transaram tres vezes. De uma dessas relacoes, teria nascido a Carlota (a que morreu no parto). Portanto, ja estava claro que era improvavel que eles tivessem outro filho.

Foi ai que a linha direta de sucessão ao trono britânico foi subitamente extinta. O Rei Geroge III tinha 12 filhos, mas nenhum neto. As cinco filhas eram solteiras ou estéreis. Entre os homens, o mais velho era o pai da Carlota que ja falei sobre. O segundo mais velho, Frederico, era casado, mas nao tinha filhos. E os demais, todos solteiros.

O Reino Unido estava a procura de um herdeiro da coroa. E os filhos solteiros do rei, a procura de esposas. O terceiro filho, William, tratou de casar logo e ter duas filhas. Mas ambas morreram ainda bebes, e o casal nao conseguiu mais ter filhos.

Volta a placa “Procura-se um futuro rei”. Foi ai que o quarto filho, Eduardo, casou-se e, em 1819, nasceu a sua filha: Alexandrina Vitoria. Dezoito anos depois, “Drina” se tornou Rainha Vitoria e deu inicio a uma das mais importantes eras da historia do Reino Unido.

10/03/2008

E o vento me levou!

O meu guarda-chuva novo durou menos de três minutos. Nas ruas de Londres, as pessoas lutavam para manter o “umbrella” nas mãos, porque evitar que ele virasse nem valia mais a pena. Um amigo turco me contou que uma rajada de vento tomou o guarda-chuva dele, quando estava indo trabalhar.

Tinha horas que eu temia que as hastes do guarda-chuva, de tão rebeldes, me furassem um olho. Cheguei à conclusão que usar guarda-chuva pra enfrentar temporal é um perigo.

Londres amanheceu abaixo de mau-tempo. Já na saída de casa, precisei pisotear umas telhas gigantes que estavam bloqueando a passagem de um corredor que dá acesso a minha rua. Uma ventania danada, e como diria meu pai, “uma lampana terrível”.

Neste vídeo que fiz de manha cedo, pouco dá pra ver, porque está muito escuro. Mas já dá pra ouvir o vento. Na hora em que gravei o vídeo, ainda não estava no auge do temporal.

Daí, o temporal virou brisa...

Depois dos ventos matinais, o temporal deu uma trégua. Se eu tivesse acordado as 10 da manha, ia demorar pra acreditar que recém tinha passado uma tormenta por Londres.

Eu estive na London Bridge no fim da manha, pra registrar o solaço primaveril.

08/03/2008

Supertormenta está chegando na Inglaterra!

Eu já estou pensando aonde vou me esconder na madrugada de domingo pra segunda. Foi dado um alerta geral aqui na Grã-Bretanha para que todos se mantenham em casa durante uma forte tormenta que está prevista para chegar aqui no domingo à noite.

Claro que eu já to maquinando como fazer para filmar o vendaval, sem ser engolido por ele. Os ventos devem chegar a 150km/h (meu deus!).

Na hora em que li a no jornal Lite a notícia sobre o temporal que se aproxima, logo lembrei daquele filme Twister, principalmente da cena da vaca voando, haha.

Achei o trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=wKSIdx11DnE&feature=related

Mas ainda não achei a vaca. Se alguém encontrar, coloca o link aqui nos comentários dessa postagem.

Aguardem novas notícias da tormenta amanha! Isso se a tempestade não roubar meu sinal de internet né...

A Casa da Rainha: haja papel higiênico!

O Palácio de Buckingham, residência oficial da Monarquia Britânica em Londres, tem 78 banheiros. Imagina a despesa anual com sabonetes, papel higiênico, bom-ar, toalhas, etc.

Se cada banheiro consumir por dia um pacote com 4 rolos de papel higiênico, seria preciso 113 mil rolos para abastecer o palácio anualmente. Como acredito que a Rainha compre uma boa marca de papel, um pacote custaria cerca de 3 libras. Portanto, o gasto anual com papel higiênico é de 85 mil libras (quase 300 mil reais).

Moral da história: vou virar representante de vendas de uma fábrica de papel higiênico, e conquistar a Rainha como cliente.

Antes do meu vídeo no Palácio de Buckingam, mais alguns números: o palácio tem 19 salas, 52 quartos, 92 escritórios e 188 quartos para empregados.


06/03/2008

"Dane-se o photoshop, eu sou mais eu"

Vi essa foto há cerca de meia hora no jornal vespertino thelondonpaper, quando eu estava vindo pra casa. O thelondonpaper é um dos jornais publicados no final da tarde e distribuídos gratuitamente aqui em Londres. (site do jornal: http://www.thelondonpaper.com/)

Mas vamos à foto. Essas (corajosas) moças estão divulgando a nova linha de lingeries da modelo britânica Katie Price, também conhecida como “Jordan”. Na foto, Jordan está... (hum, acho que eu não preciso explicar qual delas é a modelo, né).

A modelo disse que “mulheres de todos os tamanhos podem ficar sexy, especialmente se usarem minha lingerie”. Ô, e como...

Em tempo: essa historia de lingeries gigantes me lembrou aquele cena do filme Bridget Jones em que ela tá usando uma calcinha enorme estilo vovó bem na hora H. Lembra? Eu ajudo: http://br.youtube.com/watch?v=M88-Gc7mg1I

05/03/2008

Para o que será que eles estão olhando?


Dei de cara com esta foto em tamanho gigante quando cheguei na plataforma do metrô aqui de Londres. Fiquei muitos minutos rindo de cada um dos rostos de espanto da imagem. E dei uma boa gargalhada quando reparei na cara do gordinho que está no centro da platéia, hahaha.

Essa peça faz parte da nova campanha de publicidade da marca de jeans Levi’s. Para conhecer as outras peças publicitárias da campanha, você pode visitar o blog do diretor da agência que criou a campanha:
http://scampblog.blogspot.com/2008/01/our-new-levis-campaign.html

03/03/2008

A igreja onde a Princesa Diana disse "Sim"

Conheci a catedral mais importante para os anglicanos, a St. Paul's Cathedral (ou Catedral de São Paulo). Na Inglaterra, existem mais de 30 milhões de anglicanos, cristãos ligados à Church of England (Igreja da Inglaterra). Podemos dizer, de uma forma bastante simplista, que os anglicanos são um meio-termo entre os católicos e os protestantes.

Se você puxar da sua memória, vai lembrar que lá pela sétima ou oitava série você deve ter aprendido sobre a criação da Igreja da Inglaterra. Foi em 1534, quando o então rei da Inglaterra Henrique VIII se revoltou com o Papa e fundou a Igreja Anglicana, separando-se de Roma.

A Princesa Diana casou-se com o Príncipe Charles na Saint Paul's Cathedral, em 1981. Veja um vídeo do casamento: http://br.youtube.com/watch?v=T6A8K24VGyw

E em 2002, foi nesta catedral que a Rainha da Inglaterra comemorou os 50 anos de reinado, as Bodas de Ouro. Uma parte da cerimônia está aqui: http://br.youtube.com/watch?v=2YstlGy1Ld0

E é claro, temos o vídeo aqui do Blog Capizares, logo abaixo. Grande abraço!

01/03/2008

Big Ben e London Eye (ou Torre do Relógio e Roda do Infortúnio)

Big Ben não é o nome do relógio, nem da torre, muito menos do prédio inteiro. Nem nome é. Big Ben é o apelido do sino da torre, chamado de The Great Bell, ou O Grande Sino.

Diz-se que o apelido surgiu em homenagem ao Primeiro Comissário de Trabalhos da Inglaterra, Sir Benjamim Hall, que mandou construir o sino em 1856. O homem era grande, alto e pesava 150kg – e o apelido dele, adivinhem? Big Ben.

O sino, que pesa mais de 13 toneladas, fica na Clock Tower, ou Torre do Relógio (o verdadeiro nome da famosa torre). O ponteiro dos minutos tem mais de 4 metros, e o das horas pesa 300kg.

Ouça aqui as badaladas do sino: http://filipeixoto.fileave.com/bigben.ok.wav

**********
Com oito anos de idade e 135m de altura, a London Eye já começa a ser apontada como o principal atrativo turístico de Londres, e esqueceu a onda de azar que precedeu a inauguração.

Construir a maior roda-gigante do mundo foi uma idéia que surgiu no início dos anos 90, em um concurso de um jornal britânico. A intenção era escolher um projeto para marcar a chegada do novo milênio. Mas o jornal acabou com o concurso na metade.

Os dois arquitetos donos da idéia não desistiram, e foram em busca de apoio. Depois de um bom tempo, quando a grande “London Eye” já estava a ponto de virar um carrossel, a maior companhia aérea do Reino Unido, British Airways, decidiu bancar a construção.

O lugar onde construir a “Eye” (como os britânicos chamam) foi outro problema. Onde ela está hoje, não tinha espaço pra construir. Noutro lugar também não ia dar, porque imagina transportar a rodinha. A solução foi construir no Rio Tâmisa, tudo flutuando. (não me peçam detalhes, é maluquice de britânico mesmo).

Depois de pronta, na hora de erguer do rio para a terra, o cabo se rompeu. A essa altura a imprensa daqui já tinha apelidado a nova atração de Roda do Infortúnio.

Pra completar, no dia da inauguração, dia 31 de dezembro de 1999, uma cabine foi interditada por medidas de segurança. Mesmo assim, o então Primeiro Ministro Tony Blair apertou o botão que fez a roda dar a primeira volta, sem passageiros.

E daí, depois de toda essa trabalheira para construir a maior roda-gigante do mundo, eis que o brinquedão acaba de perder o titulo. Com 30m a mais, abriu ao publico hoje, em Cingapura, a Singapore Flyer, com 165m. Temos uma fotinho da Singapore Flyer aqui ao lado, e dá também pra ver imagens ao vivo direto de Cingapura, por este link http://www.singaporeflyer.com.sg/whats_new_const_progs.php

Tem outra roda-gigante que também é maior que a londrina: Estrela de Nanchang (160m), inaugurada em 2006 na China. Mas a inauguração dessa não fez tanto alvoroço como a Singapore Flyer.

Mas como recordista tem vida curta, logo a Singapore Flyer perde o titulo também. A China promete inaugurar em 2009 uma nova roda-gigante, agora com 208m. A coisa vem que...

Sobre o video: foi gravado há poucos dias, quando a London Eye ainda era a maior roda-gigante do mundo, hehe.




PS: Tirei uma foto na London Eye de noite, com minha amiga e colega de profissão Alice Mendes. Fotografo: Guilherme Alves. http://www.orkut.com/AlbumZoom.aspx?uid=5816023577601841538&pid=1203728975368&aid=1203702687

28/02/2008

Ele é homem, mas as cordas vocais...

Numa pesquisa despretensiosa por vídeos no You Tube, achei por acaso um cantor impressionante, que merece um post só pra ele. Nick Pitera.

Estava eu em busca de algum clip da música “No One” da Alicia Keys, para matar a saudade da minha amada mana Fábia – que adora essa música.
Então, me surge esse cara que... Bom, confiram. Ele é bom.

http://www.youtube.com/watch?v=W1kpvef6vJ0

PS: Na proxima postagem, teremos o vídeo do Big Ben e London Eye (a maior roda gigante do mundo)

27/02/2008

Salvei a vida de um britânico hoje!

Tudo indicava a chegada do trem. O barulho nos trilhos, a mensagem de voz do sistema de som, o placar eletrônico e, por último, até a luz dos vagões.

Mas o meu recém conhecido parecia nada notar. Só queria saber de falar dos ratos. Quando percebi que o cristão poderia realmente ser levado por diante pelo trem, veio o ato heróico. Em milésimos de segundos, estendi meu braço e puxei o recém conhecido para longe da zona de impacto. Durante o puxão, não pude me conter: bradei um sonoro “Be careful!!”.

- Oh, thank you... thank you man. – dizia o recém conhecido, já não tão recente a esta altura.

Até nos esquecemos dos ratos depois disso. Mas vocês não, por isso explico. Antes da quase tragédia, eu estava observando o comportamento de três ratinhos que passeavam pelos trilhos do metro. Foi minha observação que pescou a atenção do tal rapaz, que aparentava uns 20 e poucos anos. Pena que o nosso amigo se emocionou demais com os roedores.

Vocês devem estar percebendo que esse metro rende muita historia. Só pra arrematar, vou publicar mais um vídeo que eu fiz no metro (o outro esta no post do dia 25 de fevereiro). É uma introdução para uma serie de vídeos que vou publicar aqui no blog sobre coisitas de Londres.


E Londres tremeu...

Adoraria contar aqui meus segundos de pânico ao percerber meu quarto chacoalhar durante o terremoto que ocorreu aqui na Inglaterra ontem 'a noite. Mas esse relato nao existe. Na hora do tremor, eu - e meu quarto - estavamos completamente imoveis.

No auge dos meus sonhos, nada percebi. Mas nao culpem meu sono pesado. O problema é que o epicentro do terremoto foi um pouco longe de Londres. O tremor foi sentido de leve apenas em algumas areas da capital londrina. E definitivamente, nada sequer balançou em Willesden Green, bairro onde moro.

Mas teve uma turma brasileira que ficou bem apavorada com o terremoto de 5.3 graus na Escala Ritcher, o pior dos ultimos 25 anos na Inglaterra. Veja os relatos: http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL329221-8491,00.html

25/02/2008

Sai da frente, que atrás vem gente!

As escadas rolantes de Londres são uma enrolação. Os londrinos bolaram uma estrategia para agradar gregos e troianos, ou calmos e apressados. Do lado direito, ficam as pessoas paradinhas e pacientes, que acompanham o andar da escada. No lado esquerdo, ficam os apressados que usam o caminho livre para descer rapido.

Claro que volta e meia isso nao funciona, porque sempre tem um estreante nesse complexo sistema que fica bem tranquilão no lado esquerdo. (So pra constar que eu, na minha primeira semana, muito congestionei - sem querer - as escadas rolantes do metro)

Abaixo eu fiz um video, com a ajuda do meu primo Guilherme, que esta comigo aqui em Londres. Alem da escada rolante, falo no video de outra peculiaridade londrina. Os artistas que ficam nos corredores do metro "musiciando" as jornadas dos passageiros.

24/02/2008

O "day after" do incêndio em Camden Town

Eu entrei calmamente à procura de cinzas, mas fui atropelado pela confusão típica do Camden Market. No início da tarde do dia 10 de fevereiro, saí para ver de perto o complexo de lojas e bares do norte de Londres atingido por um incêndio na noite anterior.

Assim que passei por uma das entradas, pensei: "Gente, há poucas horas tinha um incêndio por aqui, vocês não viram não?". Logo entendi que aquela área tinha ficado intacta. Nenhuma brasa caíra por ali, e, portanto, não se perdia tempo: era domingo, o melhor dia da semana para vender.


Foi caminhando mais um pouco que surgiram a polícia bloqueando passagens e os bombeiros ao longe encharcando os remanescentes focos de incêndio. E, claro, um outro sinal de tragédia tão evidente quanto: os curiosos. Engana-se quem pensa que é coisa de brasileiro admirar desastres. Tinha muito londrino olhando pasmo os prédios do mercado, onde algumas horas antes se via labaredas de fogo de dez metros de altura.

A atenção especial dos bombeiros era para o famoso bar "The Hawleys Arms", freqüentado por celebridades. Ali o fogo parecia insistir.


Em compensação, nas outras áreas tudo estava sob controle. Deu até para alguns bombeiros relaxarem, tomarem um cafezinho e se esparramarem na calçada pra descansar.

No fim da visita, um copo de cerveja roubou minha atenção. Servido menos que a metade, o copo pairava na mesa de um bar vazio, interditado pela policia. Por perto, um policial andava pra lá e pra cá, ora prestando esclarecimentos, ora vigiando o local – ou o copo. E ali permanecia a cervejinha, à espera do último gole, o qual não aconteceu – imagino eu – por causa da fuga do cliente assim que avistou a fumaça do fogo no bairro londrino de Camden Town.

Meditando sobre meias

Pense na cor da meia que você está usando agora. Não vale olhar... E aí? Pois é, não é fácil. A gente lembra, mas fica um ar de dúvida. Tem que conferir.

O carpim, como a meia também é chamada pelos gaúchos, provoca polêmicas. Chinelo e meia é uma combinação que muita gente adora, outros acham o cúmulo do ridículo.

Para dormir, a meia garante um pé quentinho. Se a noite não é de sono e sim de prazeres, então, a meia é alvo certo de crítica. “Anti-sexy” é a primeira acusação à singela meinha no pé, que tem seus defensores, os quais não vêem problema em usar a peça nessa hora.

Meia é moda: deve combinar com o sapato. Ou seria com a calça? É economia: todos procuram ter um pé-de-meia. É segurança: o ladrão pode te levar tudo, mas vai te deixar de meia. É fama: na última Copa do Mundo, a do Roberto Carlos se tornou famosa. Houve rumores de que o jogador da Seleção estaria arrumando a meia em vez de evitar o gol da França. Claro que isso pode ser uma meia-verdade. (Veja com seus próprios olhos: http://www.youtube.com/watch?v=o26JoAQjHQ0)

Mas conhecida mesmo é uma bem comum, que vemos diariamente: a meia do cobrador de ônibus. Um deles me contou que, ao conquistar o emprego, foi logo comprar um estoque de meias bonitas para não desapontar os passageiros. Foi aí que ele perguntou se eu sabia quem inventou a meia.

Não sabia, mas fui atrás e descobri que o inglês William Lee foi o inventor da primeira máquina de fazer meias, em 1589. Porém, meias já eram utilizadas pelos gregos desde o ano 600 antes de Cristo (a.C.).

Quanto à invenção, ainda prefiro ficar com a versão do poeta gaúcho Ricardo Silvestrin: “Quando viram que eram dois pés, dividiram – meia a meia”.