22/04/2008

A festa dos perdidos

Nesta quinta-feira será lançada aqui em Londres a festa Lost in London (Perdido em Londres), no bar Walkabout da Shaftesbury Avenue.
E o mister aqui foi hoje à noite lá neste bar divulgar a festa, que estou ajudando a promover.

Nas segundas, os brasileiros tomam conta de alguns pontos de Londres, como o bar Walkabout e a boate Heaven. Hoje, fui no bar para incentivar os brasileiros a experimentarem as quintas também.

O detalhe é que não faço muita idéia de quantos brasileiros abordei na comprida fila de entrada pro bar. A fila – cosmopolita como Londres – não me permitia chegar falando português. Tive que ir mesmo no inglês “véio” (expressão gaúcha que... puxa, não sei explicar em poucas palavras! Aguardo sugestões nos comentários do post).

- Hello, excuse-me, I’d like to invite you to come back on Thursday, when...
E assim foi indo. O detalhe é que o que menos tinha naquela fila era inglês.
Não demorou muito pra eu ser interrompido:
- Oh, no hablo ingles, no entiendo nada... – disse uma menina.

- Não sea por esto. Hola, me gustaría invitarte... – e lá fui eu com meu portunhol véio.
Quando percebia que um grupo falava em português, já chegava:
- Oi pessoal, deixa eu convidar vocês pra uma festa na quinta...
Mas o maior o desafio foi quando falei todo meu discurso festivo em inglês pra uma turma, e daí veio a bomba:

- Je ne compri pas...

Daí, me apertou. O máximo que consegui dizer em francês foi “Je ne parle pas français” e “Je m’appelle Filipe” (hahaha – só faltava eu sair falando aquelas outras frases “superúteis”, as primeiras a serem ensinadas nos cursinhos, estilo: “Quantos irmãos você tem?”, “Eu gostaria de um sorvete de morango”, “Quanto custa aquela calça azul?” etc.)

Foi uma experiência internacional. Não precisei (tentar) falar italiano, mas encontrei uns quantos italianos. Inclusive teve gente que me perguntou se eu não era da Itália, coisa que ocorre com freqüência por aqui comigo. Como diria um jargão teatral das bandas de Dom Pedrito: “Nunca pensei...!”

Bueno, encerro dizendo que espero todos no Walkabout, na quinta à noite.
Lição do dia: voltar a estudar meu livrinho de francês.

4 comentários:

Ane Meira disse...

Francês é tudo boçal, pena que a língua deles é linda!
Mas eles não falavam inglês? Duas vezes boçais por não tentarem se comunicar contigo. Perderam a oportunidade da vida deles de falar com pessoa tão querida e distinta.

Anônimo disse...

Inglês (Espanhol) véio: Seria algo, mais ou menos de Inglês na improvisação, garra, de, vamo meter a cara lá e ver no que que dá. Exemplos: Hi, do you like to go a... (neste momento tu esquece como se diz festa em inglês, então começa a levantar os dedos indicadores, dar uma sambadinha, vê que não agradou, então apela para uns barulhos parecidos com tunts, tunts até que o Inglês da fila diz: - Party?) Right!

E o espanhol é só colocar Es e Us, as vezes Is, no meio de tudo. Exemplo: bUenas noches, gUstaria mUcho a mi pErsona que UstEdEs llegasem a "Party" (da uma cotovelada no espanhol, diz: han han, faz a mãozinha do Jo Soares e pergunta se ele entendeu, ele não entendeu) Party, fIesta muchacho, ticas e ticos para tUedos os lados.

Quando um Brasileiro ouvir ticos e ticas para todos os lados, ele irá definitivamente na festa.

Sobre os Franceses, porque você não perguntou se eles tinham visto o Rato na Orelha do Gato, ou algo parecido, bejos manão!

Anônimo disse...

Hahaha, não há nada mais gratificante para um blogueiro do que receber um comentário que compensa mais que o próprio post, hahaha. Mano, morri de rir com as tuas observações.
"Tuedos os lados" HAHAHA.
Beijos

Anônimo disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
(JAJAJAJAJAJAJAJAJAJA)
ah, melhor comentário o do Lélis. complementando: extraño irme a una fiesta (carrete) donde haya chicos y chicas por todos los lados...
Rô.