28/02/2008

Ele é homem, mas as cordas vocais...

Numa pesquisa despretensiosa por vídeos no You Tube, achei por acaso um cantor impressionante, que merece um post só pra ele. Nick Pitera.

Estava eu em busca de algum clip da música “No One” da Alicia Keys, para matar a saudade da minha amada mana Fábia – que adora essa música.
Então, me surge esse cara que... Bom, confiram. Ele é bom.

http://www.youtube.com/watch?v=W1kpvef6vJ0

PS: Na proxima postagem, teremos o vídeo do Big Ben e London Eye (a maior roda gigante do mundo)

27/02/2008

Salvei a vida de um britânico hoje!

Tudo indicava a chegada do trem. O barulho nos trilhos, a mensagem de voz do sistema de som, o placar eletrônico e, por último, até a luz dos vagões.

Mas o meu recém conhecido parecia nada notar. Só queria saber de falar dos ratos. Quando percebi que o cristão poderia realmente ser levado por diante pelo trem, veio o ato heróico. Em milésimos de segundos, estendi meu braço e puxei o recém conhecido para longe da zona de impacto. Durante o puxão, não pude me conter: bradei um sonoro “Be careful!!”.

- Oh, thank you... thank you man. – dizia o recém conhecido, já não tão recente a esta altura.

Até nos esquecemos dos ratos depois disso. Mas vocês não, por isso explico. Antes da quase tragédia, eu estava observando o comportamento de três ratinhos que passeavam pelos trilhos do metro. Foi minha observação que pescou a atenção do tal rapaz, que aparentava uns 20 e poucos anos. Pena que o nosso amigo se emocionou demais com os roedores.

Vocês devem estar percebendo que esse metro rende muita historia. Só pra arrematar, vou publicar mais um vídeo que eu fiz no metro (o outro esta no post do dia 25 de fevereiro). É uma introdução para uma serie de vídeos que vou publicar aqui no blog sobre coisitas de Londres.


E Londres tremeu...

Adoraria contar aqui meus segundos de pânico ao percerber meu quarto chacoalhar durante o terremoto que ocorreu aqui na Inglaterra ontem 'a noite. Mas esse relato nao existe. Na hora do tremor, eu - e meu quarto - estavamos completamente imoveis.

No auge dos meus sonhos, nada percebi. Mas nao culpem meu sono pesado. O problema é que o epicentro do terremoto foi um pouco longe de Londres. O tremor foi sentido de leve apenas em algumas areas da capital londrina. E definitivamente, nada sequer balançou em Willesden Green, bairro onde moro.

Mas teve uma turma brasileira que ficou bem apavorada com o terremoto de 5.3 graus na Escala Ritcher, o pior dos ultimos 25 anos na Inglaterra. Veja os relatos: http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL329221-8491,00.html

25/02/2008

Sai da frente, que atrás vem gente!

As escadas rolantes de Londres são uma enrolação. Os londrinos bolaram uma estrategia para agradar gregos e troianos, ou calmos e apressados. Do lado direito, ficam as pessoas paradinhas e pacientes, que acompanham o andar da escada. No lado esquerdo, ficam os apressados que usam o caminho livre para descer rapido.

Claro que volta e meia isso nao funciona, porque sempre tem um estreante nesse complexo sistema que fica bem tranquilão no lado esquerdo. (So pra constar que eu, na minha primeira semana, muito congestionei - sem querer - as escadas rolantes do metro)

Abaixo eu fiz um video, com a ajuda do meu primo Guilherme, que esta comigo aqui em Londres. Alem da escada rolante, falo no video de outra peculiaridade londrina. Os artistas que ficam nos corredores do metro "musiciando" as jornadas dos passageiros.

24/02/2008

O "day after" do incêndio em Camden Town

Eu entrei calmamente à procura de cinzas, mas fui atropelado pela confusão típica do Camden Market. No início da tarde do dia 10 de fevereiro, saí para ver de perto o complexo de lojas e bares do norte de Londres atingido por um incêndio na noite anterior.

Assim que passei por uma das entradas, pensei: "Gente, há poucas horas tinha um incêndio por aqui, vocês não viram não?". Logo entendi que aquela área tinha ficado intacta. Nenhuma brasa caíra por ali, e, portanto, não se perdia tempo: era domingo, o melhor dia da semana para vender.


Foi caminhando mais um pouco que surgiram a polícia bloqueando passagens e os bombeiros ao longe encharcando os remanescentes focos de incêndio. E, claro, um outro sinal de tragédia tão evidente quanto: os curiosos. Engana-se quem pensa que é coisa de brasileiro admirar desastres. Tinha muito londrino olhando pasmo os prédios do mercado, onde algumas horas antes se via labaredas de fogo de dez metros de altura.

A atenção especial dos bombeiros era para o famoso bar "The Hawleys Arms", freqüentado por celebridades. Ali o fogo parecia insistir.


Em compensação, nas outras áreas tudo estava sob controle. Deu até para alguns bombeiros relaxarem, tomarem um cafezinho e se esparramarem na calçada pra descansar.

No fim da visita, um copo de cerveja roubou minha atenção. Servido menos que a metade, o copo pairava na mesa de um bar vazio, interditado pela policia. Por perto, um policial andava pra lá e pra cá, ora prestando esclarecimentos, ora vigiando o local – ou o copo. E ali permanecia a cervejinha, à espera do último gole, o qual não aconteceu – imagino eu – por causa da fuga do cliente assim que avistou a fumaça do fogo no bairro londrino de Camden Town.

Meditando sobre meias

Pense na cor da meia que você está usando agora. Não vale olhar... E aí? Pois é, não é fácil. A gente lembra, mas fica um ar de dúvida. Tem que conferir.

O carpim, como a meia também é chamada pelos gaúchos, provoca polêmicas. Chinelo e meia é uma combinação que muita gente adora, outros acham o cúmulo do ridículo.

Para dormir, a meia garante um pé quentinho. Se a noite não é de sono e sim de prazeres, então, a meia é alvo certo de crítica. “Anti-sexy” é a primeira acusação à singela meinha no pé, que tem seus defensores, os quais não vêem problema em usar a peça nessa hora.

Meia é moda: deve combinar com o sapato. Ou seria com a calça? É economia: todos procuram ter um pé-de-meia. É segurança: o ladrão pode te levar tudo, mas vai te deixar de meia. É fama: na última Copa do Mundo, a do Roberto Carlos se tornou famosa. Houve rumores de que o jogador da Seleção estaria arrumando a meia em vez de evitar o gol da França. Claro que isso pode ser uma meia-verdade. (Veja com seus próprios olhos: http://www.youtube.com/watch?v=o26JoAQjHQ0)

Mas conhecida mesmo é uma bem comum, que vemos diariamente: a meia do cobrador de ônibus. Um deles me contou que, ao conquistar o emprego, foi logo comprar um estoque de meias bonitas para não desapontar os passageiros. Foi aí que ele perguntou se eu sabia quem inventou a meia.

Não sabia, mas fui atrás e descobri que o inglês William Lee foi o inventor da primeira máquina de fazer meias, em 1589. Porém, meias já eram utilizadas pelos gregos desde o ano 600 antes de Cristo (a.C.).

Quanto à invenção, ainda prefiro ficar com a versão do poeta gaúcho Ricardo Silvestrin: “Quando viram que eram dois pés, dividiram – meia a meia”.