Eu entrei calmamente à procura de cinzas, mas fui atropelado pela confusão típica do Camden Market. No início da tarde do dia 10 de fevereiro, saí para ver de perto o complexo de lojas e bares do norte de Londres atingido por um incêndio na noite anterior.
Assim que passei por uma das entradas, pensei: "Gente, há poucas horas tinha um incêndio por aqui, vocês não viram não?". Logo entendi que aquela área tinha ficado intacta. Nenhuma brasa caíra por ali, e, portanto, não se perdia tempo: era domingo, o melhor dia da semana para vender.
Foi caminhando mais um pouco que surgiram a polícia bloqueando passagens e os bombeiros ao longe encharcando os remanescentes focos de incêndio. E, claro, um outro si
nal de tragédia tão evidente quanto: os curiosos. Engana-se quem pensa que é coisa de brasileiro admirar desastres. Tinha muito londrino olhando pasmo os prédios do mercado, onde algumas horas antes se via labaredas de fogo de dez metros de altura.
nal de tragédia tão evidente quanto: os curiosos. Engana-se quem pensa que é coisa de brasileiro admirar desastres. Tinha muito londrino olhando pasmo os prédios do mercado, onde algumas horas antes se via labaredas de fogo de dez metros de altura. A atenção especial dos bombeiros era para o famoso bar "The Hawleys Arms", freqüentado por celebridades. Ali o fogo parecia insistir.
Em compensação, nas outras áreas tudo estava sob controle. Deu até para alguns bombeiros relaxarem, tomarem um cafezinho e se esparramarem na calçada pra descansar.
No fim da visita, um copo de cerveja roubou minha atenção. Servido menos que a metade, o copo pairava na mesa de um bar vazio, interditado pela policia. Por perto, um policial andava pra lá e pra cá, ora prestando esclarecimentos, ora vigiando o local – ou o copo. E ali permanecia a cervejinha, à espera do último gole, o qual não aconteceu – imagino eu – por causa da fuga do cliente assim que avistou a fumaça do fogo no bairro londrino de Camden Town.
Nenhum comentário:
Postar um comentário