25/04/2008

Quer terminar um relacionamento? Vai pra Paris

O casal que viajar a Paris em busca de momentos românticos a dois tem boa chance de terminar a viagem cada um por si. A capital francesa foi eleita a cidade campeã de brigas entre casais turistas, em uma pesquisa feita pela agência de viagens Teletex Holidays com 2.000 britânicos.

Paris ficou em primeiro lugar: 34% dos entrevistados disseram que brigaram com o parceiro quando foram à Paris.

Em segundo, Marrakesh (segunda maior cidade do Marrocos): 30% admitiram que brigaram por lá.

Amsterdã em terceiro: 28% dos casais que escolheram esse destino não voltaram bem.

O diretor da agência de viagens, Matt Cheevers, deu uma dica pra evitar os conflitos:
- A chave para uma viagem romântica bem-sucedida é a preparação. É preciso dedicar um bom tempo na internet preparando a viagem – diz ele.

Já eu diria que, por via das dúvidas, evite Paris e Amsterdã – porque Marrakesh, ninguém merece, quem decidir ir pra lá tá afim de terminar mesmo.

24/04/2008

Aniversário do blog: 2 meses!

Pessoal, este post é para parabenizar o Blog Capizares, que hoje completa dois meses de idade. Agradeço muito a todos os leitores. Mesmo jovem, o Blog Capizares já recebeu mais de 500 visitas.

Obrigado!

23/04/2008

Pelé, poesia e as mil câmeras

por Lélis Espartel

(O texto abaixo foi escrito por Lélis Espartel, meu irmão, e será publicado
na edição de maio da Revista Brasil.net, que circula em Londres.
Mas o Blog Capizares publica antes, em primeira mão. Boa leitura!)

"Pode nascer um novo Zico, um novo Sócrates, um novo Kaká ou um novo Robinho, mas não um novo Pelé. A Dona Celeste e o Dondinho já fecharam a fábrica".

Essas são palavras de Edson Arantes do Nascimento, Pelé, que costuma falar de si mesmo na terceira pessoa. Edson nunca foi conhecido por ser hábil com as palavras, inclusive Romário já dizia: "O Pelé calado é um poeta". Mas nessa questão eu concordo plenamente com o melhor jogador de todos os tempos. Nunca mais surgirá um novo Pelé.

Os motivos são relativamente simples. Todo bom jogador, depois de tomado pela mística do tempo, fica muito melhor. As pessoas costumam esquecer as más atuações e lembrar apenas das proezas. Daqui a 20 anos, ninguém vai lembrar da péssima passagem do Rivaldo pelo Milan, dos longos dias que Ronaldo passou sem marcar gols no Real Madrid ou da má fase que ronda o Ronaldinho Gaúcho no Barcelona.

Então você junta que o Pelé não era bom, era ótimo, mais a passagem do tempo que melhora tudo e, "voalá", temos o melhor de todos os tempos. Além disso, nenhum jogador hoje é bom o bastante para ser melhor que as mil câmeras que registram tudo o que acontece nos jogos. Elas sempre pegam o erro, a deslealdade ou até mesmo a sorte que antigamente não pegavam.

Se Pelé jogasse hoje em dia e cuspisse na cara dos zagueiros, como ele costumava fazer quando aplicava seus dribles, pegaria no mínimo 360 dias de suspensão. Vale lembrar que ele também quebrou a perna do jogador Kiesman, da antiga Alemanha Ocidental, e do zagueiro Procópio, do Cruzeiro. Agora imaginem isso nos dias de hoje.

Pelé é mais que um jogador de futebol, ele é uma lenda. Quando todos estivermos velhos e nossos netos vierem nos mostrar o novo centroavante da seleção brasileira, iremos dizer: "Esse não joga nada, bom mesmo era o Pelé".

Escrito por Lélis Espartel

22/04/2008

A festa dos perdidos

Nesta quinta-feira será lançada aqui em Londres a festa Lost in London (Perdido em Londres), no bar Walkabout da Shaftesbury Avenue.
E o mister aqui foi hoje à noite lá neste bar divulgar a festa, que estou ajudando a promover.

Nas segundas, os brasileiros tomam conta de alguns pontos de Londres, como o bar Walkabout e a boate Heaven. Hoje, fui no bar para incentivar os brasileiros a experimentarem as quintas também.

O detalhe é que não faço muita idéia de quantos brasileiros abordei na comprida fila de entrada pro bar. A fila – cosmopolita como Londres – não me permitia chegar falando português. Tive que ir mesmo no inglês “véio” (expressão gaúcha que... puxa, não sei explicar em poucas palavras! Aguardo sugestões nos comentários do post).

- Hello, excuse-me, I’d like to invite you to come back on Thursday, when...
E assim foi indo. O detalhe é que o que menos tinha naquela fila era inglês.
Não demorou muito pra eu ser interrompido:
- Oh, no hablo ingles, no entiendo nada... – disse uma menina.

- Não sea por esto. Hola, me gustaría invitarte... – e lá fui eu com meu portunhol véio.
Quando percebia que um grupo falava em português, já chegava:
- Oi pessoal, deixa eu convidar vocês pra uma festa na quinta...
Mas o maior o desafio foi quando falei todo meu discurso festivo em inglês pra uma turma, e daí veio a bomba:

- Je ne compri pas...

Daí, me apertou. O máximo que consegui dizer em francês foi “Je ne parle pas français” e “Je m’appelle Filipe” (hahaha – só faltava eu sair falando aquelas outras frases “superúteis”, as primeiras a serem ensinadas nos cursinhos, estilo: “Quantos irmãos você tem?”, “Eu gostaria de um sorvete de morango”, “Quanto custa aquela calça azul?” etc.)

Foi uma experiência internacional. Não precisei (tentar) falar italiano, mas encontrei uns quantos italianos. Inclusive teve gente que me perguntou se eu não era da Itália, coisa que ocorre com freqüência por aqui comigo. Como diria um jargão teatral das bandas de Dom Pedrito: “Nunca pensei...!”

Bueno, encerro dizendo que espero todos no Walkabout, na quinta à noite.
Lição do dia: voltar a estudar meu livrinho de francês.

16/04/2008

Eu digo que esse metrô rende...

Estava eu, “bem belo” (expressão gaúcha: bem tranqüilo, descontraído) chegando na estação do metrô no sábado à noite, quando avistei uma turma que, por instantes, me fez pensar que o meu nome era Alice e eu estava no País das Maravilhas.

Olha o figurino das criaturas na foto. Entrei no mesmo vagão que eles. Eram uns sete pelo menos. Ao longo da viagem, fui reunindo coragem pra pedir pra tirar uma foto. Faltando uma estação:

- Excuse me, can I take a picture?

A turma toda começou a rir e se ajeitar pra fazer pose. Na breve conversa que tive com eles entre a foto e a minha estação, eles me contaram que estavam indo para uma festa à fantasia (“Sério? Não me diga!”, pensei). Hehe, foi divertido.

13/04/2008

Ooooooooola!!!

Eu tive a oportunidade de participar de muitas “olas” durante o jogo da seleção brasileira contra a Suécia aqui em Londres, no Emirates Stadium, o estádio do Arsenal.

Pra quem não sabe exatamente o que é “ola”, clica no vídeo abaixo, gravado pelo Blog Capizares durante o jogo do Brasil.

A expressão “ola” significa “onda” em espanhol, e ficou famosa na Copa do Mundo de 1986, na Cidade do México.

Com mais de 20 anos de história nos estádios, até a ciência se interessou pelas olas. Dois cientistas húngaros, Illés Farkas e Tamas Vicsek, e um alemão, Dirk Helbing, realizaram um estudo sobre “olas”, publicado na revista britânica Nature, em 2002.

Os pesquisadores filmaram 14 “olas” em estádios com um público de pelo menos 50 mil pessoas. Veja algumas conclusões do estudo:

- Na maioria das vezes, uma “ola” se move em sentido horário e atinge uma velocidade de 20 assentos por segundo, o equivalente a 40km/h.

- Uma única "onda humana" possui em média de 6 a 12 metros de largura e envolve 15 assentos.

- Quanto maior o número de participantes, maior a probabilidade da “ola” dar certo.

- A “ola” geralmente é desencadeada e funciona melhor quando a platéia está entediada.

Hum, a última conclusão explica porque a torcida fez tantas “olas” no jogo do Brasil, especialmente antes do Pato entrar em campo.

Abaixo, você pode conferir o apito inicial da partida.
Os vídeos deste post foram feitos pelo meu primo Guilherme.

09/04/2008

Londres branca de neve

Imaginem eu, correndo nas ruas de Londres, fugindo da neve. Isso foi depois de eu contemplar, me maravilhar, me emocionar vendo os carros branquinhos e tudo o mais na vista branco também.

Era 7h da manhã de domingo quando terminei um serão na revista onde trabalho e estava me preparando para voltar pra casa. Antes de abrir a porta, não tinha nem idéia de que estaria nevando. Estava estranhando meu encarangamento (expressao gaucha: frio terrível), mas pensei: "Londres, né, sempre frio..."

Vesti meu casaco, coloquei minha manta, abri a porta e... fiquei pateta. Pateta olhando praquele monte de neve na minha frente. Que cena!

Depois de rir sozinho, sair andando dando pulinhos de alegria, a neve começou a apertar. Aqueles flocos viam direto na cara. Eu já tava engolindo neve.

A estação do metro estava a pelo menos uns 600 metros de distância. Na metade do caminho, eu já estava disparando da tal neve. Antes de chegar à estação, decidi tomar um chocolate quente num McDonalds. Pela primeira vez, eu batia queijo pra valer. E, claro, não podia faltar a Lei de Murphy: neste dia estava usando um casaco bem fininho.

Mas a beleza compensou. A viagem de metrô nunca foi tão bonita. Cheguei em casa e acordei meu primo pra tirar fotos na neve. Fomos ate um parque, o Gladstone Park.

Não sei porque cargas d’agua não deu pra postar o vídeo que fiz nesse parque direto aqui no blog. Mas não seja por isso: assista no You Tube, é so clicar aqui. O link está no inicio do post tambem.

Ainda bem que nevou forte. Não ia gostar de voltar pro Brasil sem poder contar que tinha conhecido neve de verdade.